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Zélia Gattai Escritora

02/07/1916, São Paulo, SP

17/05/2008, Salvador, BA

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

27/09/2006 12h39

Descendente de imigrantes italianos, Zélia Gattai nasceu e cresceu na cidade de São Paulo. Nas três primeiras décadas do século 20, a capital paulista sofria forte influência da imigração européia, especialmente a italiana. Italianos e espanhóis constituíam a maior parte da mão de obra que atuava na cidade, que experimentava seu primeiro surto de industrialização. Além do trabalho, esses imigrantes deram origem a um movimento operário, influenciado por idéias socialistas e anarquistas.

Ainda jovem, Zélia participou do movimento anarquista, juntamente com membros de sua família. Aos 20 anos, ela se casou com Aldo Veiga, intelectual e militante comunista, com quem teve um filho em 1942. No entanto, três anos mais tarde, já separada de Aldo, conheceu o escritor baiano Jorge Amado, por quem se apaixonou. Os dois se casaram e o relacionamento se estendeu até a morte do escritor, em 2001.

Jorge Amado também desenvolvia militância política, sendo membro do Partido Comunista Brasileiro. Assim, ele e Zélia se conheceram na prática militante, quando os dois trabalhavam pela anistia dos presos políticos, em 1945, no fim do Estado Novo. A partir de então, Zélia ou a secretariar o trabalho do marido, cuidando da preparação e da revisão dos originais de seus livros.

Em 1946, com o fim da ditadura de Getúlio Vargas e a restauração da democracia, Jorge Amado elegeu-se deputado federal e o casal mudou-se para o Rio de Janeiro, então a capital do país e sede do Congresso Nacional. Porém, um ano depois, o Partido Comunista foi declarado ilegal, Amado não só perdeu o mandato, como teve que exilar-se em Paris, juntamente com a família. Permaneceu na França três anos.

Durante esse período, Zélia fez cursos universitários na Sorbonne (civilização sa, fonética e língua sa). Entre 1950 e 1952, a família viveu na Tchecoslováquia. Lá, Zélia começou a fotografar, documentando momentos significativos da vida e da carreira do escritor baiano. Durante sua permanência na Europa, o casal teve contato com outras personalidades de destaque no panorama internacional da cultura, como o poeta Pablo Neruda, o filósofo Jean-Paul Sartre e o pintor Pablo Picasso.

Jorge Amado e Zélia Gattai retornaram ao Brasil ainda em 1952, estabelecendo-se no Rio de Janeiro. Em 1963, fixaram residência em Salvador, na Bahia. Neste ano, Zélia lançou "Reportagem Incompleta", uma fotobiografia do marido.

A escritora teve um filho do primeiro casamento e um casal do segundo.

Entretanto, Zélia Gattai se tornaria conhecida de um público mais amplo aos 63 anos, com a publicação de "Anarquistas, Graças a Deus", livro de memórias que recebeu o Prêmio Paulista de Revelação Literária de 1979 e foi adaptada para a TV em 1982, numa minissérie dirigida por Walter Avancini.

No dia 6 de agosto de 2001, Jorge Amado morreu. No mesmo ano, Zélia foi eleita para a Academia Brasileira de Letras, para a cadeira 23, anteriormente ocupada por seu marido, numa eleição controversa. Houve quem a considerasse mais uma homenagem ao escritor do que propriamente mérito literário de sua viúva.

De qualquer modo, a carreira literária de Zélia Gattai não parou no primeiro livro. A escritora lançou ainda "Um Chapéu para Viagem", 1982 (memórias); "Jardim de Inverno", 1988 (memórias); "Pipistrelo das Mil Cores", 1989 (infantil); "Crônica de uma Namorada", 1995 (romance); "A Casa do Rio Vermelho", 1999 (memórias); "Vacina de Sapo e Outras Lembranças", 2005 (memórias). Alguns desses livros foram traduzidos para o francês, o italiano, o espanhol, o alemão e o russo.

Em 31 de março de 2008, a escritora foi internada com dores abdominais no Hospital Aliança, em Salvador. A situação de Zélia se agravou e no dia 17 de abril a escritora foi transferida para o Hospital da Bahia, onde ou por uma cirurgia de desobstrução do intestino. Ao longo do procedimento, foi confirmada a existência de um tumor benigno, que foi retirado.

Em 16 de maio desse ano, o estado de saúde da escritora, que respirava com a ajuda de aparelhos, se agravou, com "piora hemodinâmica progressiva que evoluiu para o quadro clínico de choque", além de "piora significativa da função renal", segundo o boletim assinado pelos médicos Jadelson Andrade, Jorge Pereira e Izio Kowes, do Hospital da Bahia. Segundo boletim divulgado na manhã do dia seguinte, Zélia, sedada, apresentava quadro clinico de choque circulatório irreversível. Ao final da tarde, foi divulgada sua morte.