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Após câncer, idosa que concluiu ensino médio aos 66 entra em Federal aos 72

Edicleia ou em vestibular da federal de Santa Maria. - Arquivo Pessoal
Edicleia ou em vestibular da federal de Santa Maria. Imagem: Arquivo Pessoal

Abinoan Santiago

Colaboração para o UOL, em Florianópolis

01/12/2020 15h07

A aposentada Edicleia de Arruda Zanini conseguiu aos 72 anos realizar um sonho que ainda persistia desde a adolescência: ingressar em um curso superior. A realização aconteceu em 25 de novembro ao ver o nome no listão do vestibular da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A aprovação veio seis anos depois de concluir o ensino médio, aos 66 anos, e ar com sucesso por três anos um tratamento recente de câncer.

A felicidade da aposentada ganhou as redes sociais. A neta dela, a fotógrafa Alice Siqueira, de 21 anos, compartilhou os momentos após a avó receber a notícia. A publicação viralizou e são mais de 120 mil interações.

"Minha avó leu o listão e pensava que era até exame médico. Depois se ligou e começou a chorar dizendo que era um bicho [gíria para calouro]", diz orgulhosa a neta.

"Faltou oportunidade", diz idosa

Moradora de Santa Maria, a 291 quilômetros de Porto Alegre, a gaúcha - mãe de três filhos - conta que sempre nutriu o sonho de ter um nível superior. Ela precisou largar os estudos muito cedo, ainda na adolescência, para ajudar no sustento do lar, e casou aos 20 anos, dedicando-se aos cuidados e educação dos filhos, que hoje são duas professoras e um oficial da Brigada Militar.

A retomada dos estudos em busca do sonho começou em 2013, logo após conseguir a aposentadoria. Um ano depois, a conclusão do ensino médio deu a possibilidade de tentar o vestibular, mas um linfoma a fez adiar o sonho mais uma vez. Ela precisava de cuidados quimioterápicos, encerrados em 2018.

"Sempre tive vontade, mas faltou oportunidade. Precisei terminar o ensino médio em 2014, depois enfrentei um câncer, o que me fez adiar um pouquinho mais o sonho. Do ano ado para cá, melhorei e fiz o vestibular sem pretensão nenhuma. Tinha vontade, mas não esperava a aprovação", conta a aposentada.

Aprovação foi surpresa

Edicleia concluiu o ensino médio através da EJA (Educação de Jovens e Adultos). Mesmo com as boas notas obtidas na escola, o tempo parado em razão do tratamento de câncer a fez disputar uma das vagas no curso sem muita esperança de conseguir a aprovação.

Para fazer a prova, a aposentada contou com apoio de netos e filhos. Na redação, o gosto pela leitura praticado ao longo dos anos virou o diferencial. Além dos livros históricos, ela tem preferência pelos clássicos da literatura brasileira, como Machado de Assis e José de Alencar.

"Os meus filhos sempre me incentivaram. Fiz o EJA e tive um bom desempenho com ótimas notas. Eu tenho gosto pela leitura e acredito que agora irei adorar estudar Letras. Amo os clássicos", pontua.

A aposentada lembra que, por desacreditar na aprovação, não ficou ansiosa pelo resultado. Ela até esqueceu de conferir a caixa de email para saber se havia conseguido a vaga. Uma das filhas buscou o resultado e a chamou para almoçar para revelar a surpresa.

"Nem olhei no meu email. Fui à casa da minha filha e recebi a surpresa. Chegando lá, me mostraram o celular e até perguntei do que se tratava. Quando soube, comecei a chorar e tiraram as fotos. Fiquei muito emocionada e era um sonho que ainda faltava eu realizar", conclui a aposentada, que agora está ansiosa para iniciar o curso. Edicleia já comprou um computador para acompanhar as aulas à distância.

Publicação virou inspiração na web

Depois de chorar, Edicleia pintou os braços e o rosto como um verdadeiro calouro e logo avisou os parentes. Teve familiar que viajou de Porto Alegre para Santa Maria somente para dar pessoalmente os parabéns.

A neta conta que após a publicação bombar na web, vários internautas enviaram mensagens dizendo que a história da avó virou inspiração em busca do curso superior.

"A publicação não foi algo pensada, mas espontânea. Era para compartilhar somente com os meus amigos, não imaginava a repercussão. Estamos em um momento com tanta negatividade e pensei que eles iriam gostar. Muitas pessoas depois vieram até mim e contaram que ela serviu de inspiração para as mães ou avós que estavam fazendo o EJA", frisa a jovem.

Até material escolar Ediclieia ganhou: