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Crítica a faltosos e menos universidades: o que o ministro já falou do Enem

Ministro da Educação, Milton Ribeiro já disse durante entrevista que gostaria de ter o prévio às questões do Enem - Luis Fortes/MEC
Ministro da Educação, Milton Ribeiro já disse durante entrevista que gostaria de ter o prévio às questões do Enem Imagem: Luis Fortes/MEC

Ana Paula Bimbati

Do UOL, em São Paulo

05/11/2021 04h00

De críticas ao modelo do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) a reclamações sobre os faltosos da última edição, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, mesmo com perfil mais discreto do que seus antecessores, não deixou de falar nos últimos meses da prova —considerada a principal porta de entrada ao ensino superior.

Em sua mais recente declaração, na Comissão de Educação no Senado, por exemplo, Ribeiro comentou sobre os faltosos do Enem 2020. Segundo ele, o MEC (Ministério da Educação) jogou "R$ 300 milhões na lata do lixo" por causa daqueles que não compareceram nos dias da prova.

Para a coordenadora-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Andressa Pellanda, Ribeiro "age em uma perspectiva da educação como serviço e não como direito; e do Estado como prestador de favor e não cumpridor de responsabilidade constitucional".

Confira abaixo as principais declarações do ministro em relação ao Enem e o o ao ensino superior.

"Universidade deveria ser para poucos"

Durante uma entrevista para TV Brasil, Ribeiro disse que a universidade "deveria ser para poucos" e defendeu o crescimento dos institutos federais.

"Então acho que o futuro são os institutos federais, como é na Alemanha. Na Alemanha são poucos os que fazem universidade, universidade na verdade deveria ser para poucos nesse sentido de ser útil à sociedade", disse o ministro.

A fala repercutiu negativamente em todo o país e levou Ribeiro, inclusive, a ser convocado pelo Senado para prestar explicações.

Para Andressa, a declaração do ministro demonstra uma "falta de preocupação" com aquilo que deveria ser a principal responsabilidade do MEC: "garantia universal à educação ao longo de toda a vida para toda a população, sem discriminações".

O ensino técnico deve ser de qualidade e reforçado, mas não é um cabo de guerra com o ensino superior, que precisa também de investimentos e de garantia de oferta de vagas com qualidade. Não deveria ser um em detrimento do outro."
Andressa Pellanda, coordenadora-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação

"Sonhar ser doutor é bom, mas Brasil não dá oportunidade"

Quando foi prestar esclarecimentos ao Senado, Ribeiro explicou que não quis dizer que o "filho do porteiro não pode ter o à universidade", mas que o Brasil deveria avançar nos cursos técnicos e profissionalizantes.

"O sonho de ser doutor é muito bom, mas, num país que não tem oportunidade, o curso técnico é a grande ferramenta", argumentou.

A declaração do ministro, segundo Andressa, demonstra "falta de perspectiva de um projeto de Estado que garanta o desenvolvimento e os direitos humanos de forma concomitante".

Isenção foi negada para alunos "que deram de ombro"

Assunto diretamente ligado ao Enem, foi muito comentado pelo ministro o veto de isenção da taxa de R$ 85 para os participantes que faltaram na edição do ano ado.

O Enem 2020 registrou o maior índice de abstenção e grande parte dos alunos deixou de fazer a prova por medo de se contaminar com o coronavírus —a prova aconteceu em janeiro, durante um dos maiores picos da doença.

Em uma entrevista à rádio Jovem Pan, Ribeiro falou que negou a isenção para aqueles que "deram de ombro". "Não podemos apadrinhar as pessoas e simplesmente dizer: 'Vocês podem tudo, podem quebrar todas as regras'. Cada um responde por si. As oportunidades foram dadas", disse o ministro, na época.

A isenção só foi oferecida para quem faltou por medo da pandemia após uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). Depois da determinação, Ribeiro continuou argumentando que o MEC jogou "na lata do lixo" R$ 300 milhões.

"Concordo com a preocupação de custos, mas isso precisa ser feito com uma política. Não dá para penalizar quem já está penalizado com a pandemia", disse o ex-presidente do Inep Chico Soares.

o prévio às questões do Enem

Em junho, Ribeiro disse durante entrevista à CNN Brasil que gostaria de ter o antecipado ao Enem para evitar aquilo que chama de "questões de cunho ideológico". A declaração foi de encontro a uma atitude tomada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), recém-eleito na época.

"Nós sabemos que, muitas vezes, havia perguntas objetivas ou até mesmo com cunho ideológico. Nós não queremos isso. Queremos provas técnicas. [...] As questões mais subjetivas nós não vamos tirá-las de tudo", disse Ribeiro durante entrevista.

Para justificar, o ministro usou o mesmo exemplo citado por Bolsonaro em 2018: "Na última [prova], houve uma discussão sobre o salário do Neymar e da Marta, mostrando que mulheres ganham menos. Imagine se na prova a gente pudesse colocar o salário da Gisele Bündchen, modelo, e do Paulo Zulu. Então é uma questão desnecessária para avaliar o conhecimento de alguém na minha opinião."

Andressa avalia essas declarações como uma tentativa de "aparelhamento ideológico". "Defender que o Enem não tenha perguntas de avaliação crítica por pressupor a necessidade de reflexão política e social sobre o mundo é mais uma forma de expressão de negacionismo por parte do ministro", explica.

Ribeiro depois voltou atrás e disse que os técnicos do Inep ficariam responsáveis por garantir um Enem com "caráter técnico".

Erro em questão ao criticar Enem

No mesmo dia em que voltou atrás de ter o prévio ao exame, Ribeiro errou uma pergunta da edição de 2020 para justificar sua visão da prova.

A questão traz o seguinte texto: "Eu tenho empresas e sou digno do visto para ir a Nova York. O dinheiro que chove em Nova York é para pessoas com poder de compra. Pessoas que tenham um visto do consulado americano. O dinheiro que chove em Nova York também é para os nova-iorquinos. São milhares de dólares. [...] Estou indo para Nova York, onde está chovendo dinheiro. Sou um grande . Sim, está chovendo dinheiro em Nova York. Deu no rádio. Vejo que há pedestres invadindo a via onde trafega o meu carro vermelho, importado da Alemanha. Vejo que há carros nacionais trafegando pela via onde trafega o meu carro vermelho, importado da Alemanha. Ao chegar em Nova York, tomarei providências".

Após a leitura, o exame propunha: "As repetições e as frases curtas constituem procedimentos linguísticos importantes para a compreensão da temática do texto, pois":

A) expressam a futilidade do discurso de poder e de distinção do narrador;

B) disfarçam a falta de densidade das angústias existenciais narradas;

C) ironizam a valorização da cultura norte-americana pelos brasileiros;

D) explicitam a ganância financeira do capitalismo contemporâneo;

E) criticam os estereótipos sociais das visões de mundo elitistas.

A resposta correta, segundo gabarito do Enem, é a alternativa A, mas, em sua fala, o ministro disse ser a D. "O gabarito é a letra D [...] Isso pra mim é ideológico, não há necessidade de ter pergunta dessa natureza, de visão de mundo. Não é compreensão de texto", apontou Ribeiro ao comentar a alternativa errada.

As ações do MEC e do chefe da pasta, segundo Andressa, impactam na "violação do direito à educação".

O UOL pediu um posicionamento do MEC em relação às declarações, mas não obteve resposta. O espaço fica aberto para atualização se a pasta responder.